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Foto do escritorEMEI JARDIM APURÁ

Educação infantil: por que é tão difícil planejar o retorno presencial dos pequenos?

Preocupações vão desde aplicação de protocolos e cuidados no cotidiano da escola ao risco de potencial “contaminação silenciosa”

Por: Miguel Martins

08 de Setembro de 2020

Máscaras, distâncias demarcadas, interações limitadas, carga horária reduzida, revezamento de dias na escola e o risco de novas ondas de contaminação. O debate sobre a volta às escolas antes da descoberta de um tratamento eficaz para a Covid - 19 é um cercado de incertezas e preocupações em todas as etapas. Na Educação Infantil, o desafio se amplia com a dúvida de como garantir a implementação dos protocolos e cuidados entre crianças pequenas e do receio de uma potencial “contaminação silenciosa” no retorno.

A fragilidade dos protocolos na Educação Infantil. Pedagogicamente, a volta dos pequenos também traz uma entrave: os protocolos de distanciamento entram em choque com os eixos estruturantes previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que são baseados nas interações e nas brincadeiras.

Não à toa são poucas as redes municipais de ensino que já sinalizaram o retorno das atividades presenciais. Entre as capitais, apenas Belém (PA), Florianópolis (SC) e São LUIS (MA) anunciaram a retomada, que foi planejada para acontecer em Setembro e Outubro. Em Manaus (AM), apenas creches e escolas de Educação


Infantil particulares foram autorizadas a voltar até o momento. A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) defende que essa etapa seja a última a retornar.

Nesta reportagem conversamos com Luiz Miguel Garcia Presidente da Undime, e Secretário de Educação de Sud Mennucci (SP), e gestoras de creches para refletir sobre os principais desafios da etapa no planejamento de uma volta segura não apenas para as crianças, mas para os educadores e funcionários.

O risco de uma contaminação silenciosa

Um estudo publicado no fim de julho por pesquisadores da Universidade de Harvard apontou que crianças carregam uma alta carga viral do coronavírus, principalmente nos dois primeiros dias de infecção. Embora os dados epidemiológicos reforcem a tese de que as crianças têm menos chances de desenvolver um quadro grave de covid-19, a pesquisa mostra uma presença forte do vírus entre os pequenos que foram infectados. É uma questão chave ao abrir escolas e creches, ressaltam autores da pesquisa.

Essa é uma das principais preocupações dos secretários municipais de Educação para um retorno da etapa. Luiz Miguel Garcia, presidente da Undime, lembra que a rotina das escolas municipais pode ter um impacto em até 50% das residências de uma cidade, ‘’Podemos abrir o gatilho de uma transmissão silenciosa, porque o número de crianças de Educação Infantil que são assintomáticas é muito alta. “Isso pode levar a uma contaminação que passa à margem dos mecanismos de controle e resultar numa explosão de casos’’, comenta.

Entre 24 e 27 de julho, Nova Escola realizou uma pesquisa sobre a opinião dos professores da Educação Básica em relação a uma possível retomada das atividades presenciais. Dos 8140 que responderam, 78,3% não concordam com a volta no segundo semestre, além dos professores e funcionários das escolas, há o medo das famílias.

Fonte: Revista Nova escola.org.br


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